Episódio 9: Tudo que ela quer, ela tem

nada a ver, mas só pra ilustrar :3

Samantha: Hoje eu preciso ir pra escola, ontem já faltei, falto quase sempre, não posso repetir. No caminho me encontrei com Manoela e fomos juntas para escola. Por incrível que pareça, eu vi Isabela sentada em um banco, ela era nova na escola e acho que nova no bairro também, mas ela nem me avisou, vou lá conversar com ela.

– Você conhece ela pra ir lá falar com ela? – Diz Manoela com cara de irona. 

– Por incrível que pareça, conheço sim. – Diz Samantha

– Então ok né, vamo lá.

Chegando perto do banco em que Isabela chegou Joyce com Caio e as "Joycenáticas" como todos falam. Aquelas puxas saco que sempre andam atrás dela e fazem tudo que ela quer, igual o Caio que também faz tudo que sua "princesa" pede. 

– Samantha, o que a Joyce tá falando pra ela?

– Nem sei, mas deve ser merda.

– Vish, é mesmo. Olha a cara dela com aquele dedinho se movimentando.

– É melhor a gente esperar ela ir embora né.

– Sim sim.

Depois de uns 6 minutos a Joyce foi embora com seus capachos, então decidimos ir lá falar com Isabela.

– O que ela tava falando com você? – Diz Sam e Manu ao mesmo tempo.

– Ela disse algo tipo: Entra pro nosso grupo, vem ser popular com a gente, algo assim.

– Lá vem ela com essas coisas... Af. – Diz Samantha com cara de deboche.

– Por que? Ela já fez isso com vocês? – Diz Isabela.

– Já sim, com todas alunas novas e com garotos bonitinhos. Tipo o Caio. – Diz Manoela.

– O nome dele é Caio? Ele é lindo. –  Diz Isabela.

– É mesmo. Ops, desculpa nem me apresentei, me chamo Manoela.

– Meu nome é Isabela, prazer.

– A Sam disse, ela também disse que você é super legal.

– Aw, você disse isso Samantha?

– Disse sim, é só a verdade.

– Obrigada. – Isabela ri.

– Então, me conta mais dessa Joyce, ela tem cara de patricinha.

– Ela é mesmo, tudo que ela quer, ela tem. – Diz Manoela.

– Sério? 

– Sério, ela é super chata e se acha melhor que todos.

– Odeio gente assim, aff.

– Eu também. – Diz Manoela com sorriso irônico.

–  Sinal bate, hora de ir pra classe – 

– O sinal já bateu, então, a gente vai pra sala. – Diz Samantha.

– Ok, eu também, minha sala é a 10.

– Em frente da nossa ! – Diz Manoela com sorriso.

– Então, podemos ir juntas. – Diz Samantha.

– Ok, vamos então ! – Diz Isabela, pela primeira vez com sorriso sincero no rosto.

Depois de 3 aulas frustrantes, é hora do intervalo. Manoela e Samantha encontram Isabela e ficam com elas. Quando chega Joyce com Caio em Isabela e diz:

– Então, decidiu? – Diz Joyce com sorrisinho falso.

– Decidi oque? – Diz Isabela encarando Joyce.

– Se vai entrar pro nosso grupo, idiota !

– Idiota? – Diz Isabela com sorriso irônico.

– Fala logo, garota !

– Quer saber? Não !

– O que? Todo mundo faz o que eu quero, tá vendo aquelas garotas? Eu disse que elas iam entrar no meu grupo e elas entraram. Tá vendo esse garoto? Eu também disse que ele ia entrar e ele entrou e não vai ser você que não vai querer entrar. Você vai entrar.

– Ah, é? Me obrigue. – Diz Isabela rindo.

Manoela e Samantha começam rir descontroladamente.

– Do que vocês estão rindo suas otárias? – Diz Joyce?

– Joyce para. – Diz Caio bem baixinho.

– O que você disse Caio? – Joyce

– É isso mesmo que você ouviu. – Diz Caio com a voz alta.

– Você me mandou calar a boca? Agora vai defender essas meninas?

– Vou sim. Sabe por que? Porque eu cansei de ver você tratando as pessoas assim e sempre obrigando elas fazerem o que não querem, você tá mandando a menina entrar no seu "grupo" sem ela querer, ela não vai.

– E quem é você pra impedir ela de entrar? Ela vai entrar sim. – Diz Joyce com dedo no rosto dele.

– Tira o dedo do meu rosto. Você não é mais minha dona, eu não sou seu cachorro. – Caio com voz alta.

– PARA GENTE. – Diz Manoela.

– Por favor, parem com isso. – Manoela com cara meio triste.

– Eu só tava dizendo a verdade... Desculpa. – Diz Caio envergonhada.

– Quer saber? Caio, você não faz mais parte do meu grupo e nem da minha vida, quer ficar com elas? Fique, depois não corre atrás. E você Israela, não precisa fazer parte do meu grupo, otária.

Joyce sai brava de lá, estala os dedos e logo as Joycenáticas vão correndo pra andar atrás dela.

– Ei Caio, desculpa.. – Diz Samantha.

– Não precisa pedir desculpas, já tava cansado de ser capacho dela. Ela acha que o mundo gira ao redor dela. – Diz Caio com sorriso de canto.

– Isso é verdade, mas desculpa mesmo assim, ok? – Diz Samantha.

– Beleza. Eu posso ficar aqui com vocês?

– Pode sim. – Diz as três ao mesmo tempo.

– Valeu. – Diz Caio rindo.

Joyce vê ele rindo e não se conforma, como ele poderia estar rindo depois de "perder" ela? Ele tem o que na cabeça? 

–  Sinal bate – 

– Já acabou o intervalo, aff. – Diz Isabela.

– Ainda bem, não aguento mais olhar pra cara da Joyce ali na frente. – Diz Caio.

– Se odeia tanto ela porque só teve coragem de dizer a verdade agora? – Diz Samantha.

– Sei lá, com vocês me senti mais seguro. 

– Nossa, somos poderosas ! – Diz Manoela rindo.

– Convencida ! –  Caio sorriu.

– É brincadeira, bobo ! – Diz Manoela.

– Enfim, vou indo pra sala gente. – Diz Isabela. 

– A gente também vai, espera aí ! – Diz Samantha.

– Eu também vou. – Diz Caio.

– Vamos então. 

Eles vão pra sala e se despedem. Depois de mais 3 aulas, é hora de ir embora. Samantha encontra Isabela já que era pra Samantha ir na casa dela depois da aula, mas nem precisa pois estavam estudando na mesma escola. 

– E se nós irmos no cinema? – Diz Samantha.

– Nós quem? – Isabela.

– Eu, Manoela, você e o Caio. Vi que no primeiro dia você já teve uma quedinha por ele.

– Eu nada. – Diz Isabela toda vermelha.

– Você sim ! Enfim, vamos esperar eles e ver se eles querem ir.

– Ok !

Manoela sai primeiro e Samantha pergunta se ela quer ir no cinema, ela confirma. Depois sai Caio e ele também diz que vai. Já tá tudo confirmado, agora é só deixar nossas coisas em casa e vamos !

– CONTINUA –

Episódio 8: Você não precisa ser igual a eles

Segunda, dia de aula. Samantha se arrumou e decidiu ir para escola. Tomou o café, já estava atrasada e saiu correndo de casa. No meio do caminho tinha uma garota chorando, sentada em uma ponte perto de um pequeno lago, ela parecia ter 14 anos no máximo, estava com a maquiagem toda borrada de tanto chorar. Ela segurava uma foto na mão, Sam se preocupou e decidiu ir até ela ver o que havia acontecido, pois mesmo não a conhecendo, se importava.

– Ei, porque chora tanto? – Samantha com a voz baixa

– Quem é você? – Diz a menina com a voz tremula

– Meu nome é Samantha, mas pode me chamar de Sam.

– Eu me chamo Isabela. –  Diz a garota com a voz baixa

– Mas me fala, porque tá chorando tanto/

– Porque eu deveria te contar? Eu nem te conheço. –  Diz Isabela com sorriso irônico e cheia de lágrimas nos olhos.

– Me conta, pode confiar em mim.

– Bom... Minha mãe nunca teve orgulho de mim, pois eu nunca fui igual as minhas duas irmãs, elas sempre foram os orgulhos da minha mãe e do meu pai, elas eram as filhinhas exemplares, sabe? Eu tinha um melhor amigo, ele era tudo pra mim, só ele me entendia e me escutava, com ele eu me sentia aliviada e protegida, mas hoje eu fui na casa dele e a mãe dele... – Isabela não conseguiu terminar a frase pois chorava muito e soluçava também.

– Calma. – Samantha da um abraço na garota que nem conhecia. 

– Vai ficar tudo bem, só termina de contar pra ver se eu posso te ajudar.

– Eu fui na casa dele chamar ele, pra gente sair, zoar, sabe? A mãe dele me disse que ele...ele...estava andando na rua quando ouve um tiroteio, bandidos tentando assaltar um banco, e ele levou 1 tiro na cabeça, todos olharam, ninguém ajudou, tinha testemunhas e elas contaram pra mãe dele o que havia acontecido, mas ninguém foi ajudar, a ambulância demorou 1 hora, ele não aguentou e morreu ali mesmo... E eu acabei de vir do enterro dele, eu não acredito que ele me deixou aqui, sozinha com esses monstros. – Diz Isabela chorando muito e soluçando.

– Sinto muito. Me desculpe por te fazer lembrar de tudo isso, eu não sabia. E nessa foto que você segura, é você e ele? – Diz Samantha com os olhos cheios de lágrimas.

– Sim, é ele, sempre sorrindo e vivendo sem medo de ser julgado...

– Mas porque ele te deixou com os "monstros"? Quem são esses?

– Minha família. Eles querem que eu seja perfeita, um exemplo, eu nunca fui a garotinha que minha mãe sonhou, eu não uso rosa sempre nem sou meiga e simpática com todo mundo. Eu sempre fui diferente e ela nunca gostou disso, ela sempre me criticava quando eu escrevia músicas e tocava violão, ela sempre quis que eu fosse médica ou advogada porque música não dá futuro a ninguém.

– Calma, você não precisa ser igual a eles. Você é perfeita do jeito que é, não ligue para as críticas ou julgamentos, você decidi seu futuro, se você nunca foi a filhinha que sua mãe sonhou, não se apavore, você não precisa ser igual a ninguém, pois o diferente é melhor.

– Obrigada, você parece ser legal e ter muito caráter pra parar na rua pra ajudar uma desconhecida. 

– De nada. Que isso, eu gosto de ajudar as pessoas. – Diz Samantha com sorriso.

– Você andava meio que correndo, está atrasada pra ir em algum lugar?

– Não estou mais. Eu tava indo pra escola, mas acho que nem dá mais tempo.

– Ah, desculpe por fazer você perder um dia de aula.

– Que nada.

– Eu moro bem ali do outro lado da rua, quer ir lá em casa?

– Ok.

As duas vão pra casa de Isabela, quando chegam lá encontram a mãe da Isa na cozinha de cara feia e ela diz:

– Quem é essa garota Isabela?

– Minha amiga, conheci agora.

– E já bota pra dentro de casa? Você tem algum tipo de problema? Aposto que é mais uma problemática que só traz problemas.

–  Silêncio por uns minutos – 

– Então...eu vou embora... – Diz Samantha envergonhada.

– Ok, é sempre assim, depois ela ainda pergunta porque não tenho amigas. – Isabela olha pro chão com vergonha.

– Então, tchau.

– Amanhã você pode vir aqui depois da escola?

– Posso sim, acho que sim. – Samantha sorri.

– Ok, obrigada por tudo, até amanhã !

– Até.

  

Pensamento de Samantha: "Ela parece ser bem legal, mas tinha tristeza nos olhos. E a mãe dela parecia ser bem chata e ignorante. Acho que vou passar amanhã lá sim, talvez nós viremos amigas, se der, grandes amigas. 

–  CONTINUA – 

Episódio 7: Sweet Child O' Mine

Era sábado Vinicius estava super ansioso porque ia sair com Manoela, ficou andando o dia todo pra lá e pra cá na sua casa até dar 16:00, hora de encontrar com o "amor de sua vida". Enquanto Vinicius andava pra lá e pra cá, na casa de Samantha as coisas estavam diferentes. Samantha acordou com pressentimento super ruim e cor uma dor insuportável no coração, ela sabia que algo ia acontecer naquele dia, decidiu ligar pra Manoela pra conversar um pouco.

– Começo da ligação –

*Chamando*

*Chamando*

*Chamando*

– Oi Samantha. 

– E aí, Manoela tudo bom?

– Tudo sim, hoje é o dia que vou sair com Vini.

– Ai que bom !

– Enfim, por que me ligou?

– Sei lá, tô com uma dor no coração, acho que vai acontecer algo ruim.

– Lá vem você com essas coisas, odeio quando você fica assim.

– Assim como?

– Assim...Com essa dor misteriosa no coração. – Diz Manoela com tom da voz baixa.

– Hum. – Samantha com a voz baixa.

– O que faz de bom aí? 

– Nada, e você?

– Nada também. 

– Ah ! 

– Tenho que desligar agora meu irmão tá me enchendo o saco aqui, depois te ligo ! 

– Ok, beijos.

– Fim da ligação –

Pensamento de Manoela: Aff velho, eu odeio quando ela fala que tá com um pressentimento ruim, porque sempre quando ela fala isso acontece algo ruim mesmo. Tomara que não veja comigo e com Vinicius.

Horas depois...

Vinicius: Já é 15:20, vou me arrumar pra encontrar com a Manoela, super ansioso. *-*

*Telefone toca*

– Começo da ligação –

– E aí Vinicius ! – Diz Gustavo com voz animada.

– E aí, cara !

– O que tu tá fazendo aí?

– Vou me encontrar com a Manoela daqui a pouco, por que?

– Ah, nada é porque eu tô no tédio mesmo ia convidar você pra andar de skate lá no parque Ibirapuera.

– Ah, nem vai dar. Deixa pra outro dia.

– Beleza então, falou !

– Falou.

– Fim da ligação –

Já era 15:40, acho que já vou indo. Acho que vou escutando música no celular, com meu bendito fonezinho velho.

Fechei a porta e fui encontrar ela, quando cheguei ela já estava lá sentada no banco lendo um livro, era um tal de "Fallen" nunca tinha ouvido falar, mas ela parecia bem interessada.

– Manoela !

– Viniciusssssssss !

– Vem cá e me da um abraço. :3

– Aw, minha fofa vem cá.

Os dois se abraçam e o fone saiu do celular e começou a tocar a música Sweet Child O' Mine do Guns n' Roses. 

– Você gosta de Guns? – Diz Manoela com cara de dúvida.

– Sou super fã, por que?

– Nunca tinha percebido nesses anos de amizade.

– Visssssssssh. Tu também gosta?

– Amo demais.

– Já temos algo em comum. – Diz Vinicius com um sorriso enorme.

– Bobo ! – Manoela envergonhada.

Conversaram a tarde toda até escurecer, voltando pra casa acharam um carro todo empoeirado na rua e Vinicius escreveu com dedo: "I love you" e sorriu para Manoela que logo ficou envergonhada e abaixou a cabeça. Continuaram andando e Vinicius deixou Manoela na porta de casa.

– Chegamos ! – Diz Vinicius sorrindo.

– Obrigada por me trazer em casa, foi um dos melhores dias da minha vida.

– De nad...

Manoela nem deixou ele terminar a frase e deu um beijo nele. Um beijo de minutos, tipo de cinema. Fim de mais um dia.

– CONTINUA –